Nesta quarta-feira (20) os participantes do “1º Ciclo de Palestras e Reuniões das Comissões de Estudo de Normas Técnicas – ABNT” debateram a Segurança de Tráfego. O objetivo era buscar alternativas para melhora da qualidade e o uso dos novos materiais e tecnologias, aumentando assim a segurança nas vias.

“Antes de aplicar as normas em determinada via, é feito um estudo para qualificá-la. Por meios dos resultados obtidos, é escolhido qual material deverá ser usado” explicou o engenheiro do DER, Walmir Luiz Zuccheratte . De acordo com Hélio Moreira, presidente da Comissão de Debate em Segurança, os órgãos públicos levam em consideração o tripé (qualidade, custo e prazo) no momento das licitações. “Pretendemos uniformizar a compra e o uso desses materiais, sustentado nestes critérios”, diz Moreira.

Além de normatizar materiais, usos e serviços, as prefeituras e o Estado estão preocupados com o eco-sistema, alega o também representante das Tintas Indultil, Hélio Moreira. “Padronizamos tintas a base de água para não agredirem o meio ambiente. Dessa forma, as normas não só cuidam da segurança nas vias de trânsito, como também do meio ambiente”. Testes realizados, comprovaram que a durabilidade dessas tintas é maior que as demais, assim como seu reflexo noturno, com neblinas ou na chuva.

O engenheiro do DER/MG, disse que as faixas de sinalização da rodovia MG/010, por exemplo, foram feitas com tinta a base de água e a largura das faixas passou de 10 para 20 cm. “Essa mudança na faixa melhora a fluidez do trânsito, aumenta o número de veículos e a segurança na via uma vez que estão mais visíveis”, garantiu.

Reuniões

A Comissão Semafórica reuniu-se ontem e discutiu, entre outros assuntos, a normatização das lâmpadas a LED - componentes semicondutores que convertem energia elétrica diretamente em luz -. Por ser uma tecnologia nova, ainda não existe padronização para estas lâmpadas. “Estão sendo feitos estudos e testes de cor, tamanho e material para definirmos um modelo ideal”, revela o engenheiro do DER.

A Comissão de Segurança também discutiu a normatização do cone e do cilindro canalizador. De acordo com Zuccheratte, os materiais utilizados não são padronizados e os produtos são de baixa qualidade. Um dos objetivos é padronizar o peso, uma vez que os utilizados hoje são leves e acabam voando, o que leva risco aos usuários. Os testes contam com o apoio de universidades de São Paulo e Paraná.

O cone é utilizado em sinalizações rápidas e de emergência com a base construída de pneus usados. Já o cilindro, que é mais pesado e visto a grandes distâncias, é aproveitado em áreas maiores para demarcação onde não é possível fazer uma marcação provisória. Aliado a essas normas, pretende-se criar uma sinalização diferente para destacar os locais onde os dois são utilizados e chamar a atenção dos usuários para reduzir a velocidade na via.

Segundo Walmir Luiz Zuccheratte o Brasil gasta 22 bilhões por ano em acidentes e que o governo está empenhado em reduzir o número em no mínimo 20%, nos próximos 4 anos. “Nosso objetivo é trabalhar junto ao governo nessa missão aumentando a segurança nas vias de trânsito por meio da normatização. Esperamos que até o final do ano essas normas que estão em estudo sejam aprovadas para entrar em vigor em 2008”, conclui Zuccheratte.

O “1º Ciclo de Palestras e Reuniões das Comissões de Estudo de Normas Técnicas – ABNT” continua amanhã quando será debatida a Sinalização Horizontal. Para mais informações entre em contato pelo telefone (31) 3235-1454.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social/SETOP (21/06/07)