O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), está concluindo, este mês, mais uma etapa das obras de implantação do Aeroporto Regional da Zona da Mata (ARZM). A informação é do Assessor de Aeroportos da Setop, engenheiro Julio César Diniz de Oliveira.De acordo com cronograma apresentado pelo engenheiro Julio Diniz, até 31 de dezembro, deste ano, ficam prontas as obras de implantação da road service, implantação da subestação elétrica, obras de infra-estrutura para sinalização vertical e horizontal. Serão instaladas, ainda, biruta iluminada, torre do NDB, estação meteorológica de superfície (EMS2), cercamento da área patrimonial entre outras obras. Nesta etapa estão sendo investidos cerca de R$5,5 milhões. Os recursos são resultados de convênio de cooperação técnica e financeira entre o Estado e Comando da Aeronáutica, por meio do Programa Federal de Auxilio a Aeroportos (PROFAA).Mais ObrasO Secretario de Transportes e Obras, deputado Agostinho Patrus, informou que até o final do ano o Estado estará assinando convênio com a Infraero, objetivando a finalização das obras de infra-estrutura e do terminal de passageiros. Segundo ele, este convênio é fundamental para a conclusão do empreendimento e, consequentemente, para o início das operações do Aeroporto. Esses recursos serão investidos em duas etapas. A primeira engloba as obras do terminal de passageiros na proporção de 1/3 do seu total, para início imediato das operações, instalação e montagem do elevador e acabamentos da torre de controle de vôo, implantação de seção de combate a incêndio, obras de proteção ao meio ambiente, que permitirão a obtenção da Licença para Operação de vôos regulares de aeronaves comerciais(regional e nacional).A segunda etapa envolve a finalização das obras do terminal de passageiros, instalação de equipamentos para operação por instrumento, implantação do pátio de estacionamento de veículos, implantação dos equipamentos para operação IFR-Precisão tais como: montagem da torre de controle, implantação do glade slope, luzes de aproximação, rádio farol com ILS, estação de comunicação e farol rotativo, equipamentos dos mais modernos sistemas de vôos para receber aeronaves internacionais de passageiros e cargas, operando por instrumento.Patrus explicou que a Infraero já está analisando o convênio a ser assinado com o Estado, para o qual foram designados dois diretores da empresa, Marco Antônio Marques de Oliveira e José Carlos Pereira, para formalizarem o convênio que permitirá o início das operações do aeroporto. A expectativa é que logo que o convênio seja formalizado, a Infraero desembolse os recursos necessários para a conclusão do projeto e inicie suas atividades.O projeto do Aeroporto Regional na Zona da Mata, que está sendo construído na interseção dos municípios de Rio Novo e Goianá, nasceu de um extenso estudo de viabilidade técnica e econômica, com o objetivo de escolher o melhor local para a implantação do sítio aeroportuário. Foram feitos estudos topográficos, levando em conta o Plano Aeroviário de Minas Gerais, as normas do Comando da Aeronáutica, estudo de cartas geográficas e mapas rodoviários. A escolha do local para a construção do novo aeroporto ocorreu após a realização de estudos que apontaram a área entre Goianá e Rio Novo como a mais indicada na região, por causa das características planas do terreno e da altitude de 413 metros do nível do mar. A construção do novo aeroporto permitirá a formação de um segmento intermodal de transportes, envolvendo o aéreo, o ferroviário e o rodoviário. Isto por que a 30 km de Juiz de Fora está um trecho da linha da ferrovia MRS logística e da BR/040, que liga o Rio de Janeiro à Belo Horizonte e Brasília. Junto a esta rodovia já funciona a estação aduaneira de Juiz de Fora, que poderá ser utilizada para operações internacionais.De acordo com o engenheiro Leonardo Barbosa de Oliveira, diretor da COB Construtora, empresa responsável pelas obras, a pista do aeroporto, que já está concluída, tem a extensão de 2.515 m x 60 de largura, permitindo o pouso e decolagem de aeronaves de grande porte, como o MD11 e DC10.O aeroporto possui ainda um plano diretor, que inclui todo perfil do projeto de 2001 a 2022, sendo um dos poucos aeroportos de Minas com esse “instrumento”. Ele foi elaborado pelo Instituto de Aviação Civil (IAC) e aprovado pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), através do Decreto 1094 de 25 de julho de 2001.Dentre os inúmeros benefícios vale ressaltar que Aeroporto vai servir de alternativa a outros aeroportos, como o de Confins, Galeão, Pampulha e Juiz de Fora. Neste caso, ele será estratégico para o atendimento a situações de emergência de vôo.FONTE: Assessoria de Comunicação/SETOP (01/12/05)