O Secretário de Transportes e Obras Públicas, Deputado Agostinho Patrús, disse, nesta segunda-feira (07) que o Projeto da Linha Verde nasceu da obstinação do Governador Aécio Neves, que no início de seu mandato promoveu o choque de gestão, permitindo ao Estado se organizar e ter uma normalidade fiscal e financeira, que possibilitasse a retomada e o inicio de importantes obras. O secretário falou, no auditório do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gearis (DER/MG), durante a apresentação do planejamento de obras da Linha Verde. O encontro reuniu representantes de todos os segmentos envolvidos no projeto - entidades públicas e privadas.Segundo o Secretário, o ajuste fiscal possibilitou a retoma de grandes projetos, o que há muito tempo não se via em Minas Gerais. Segundo ele, até o final deste ano Minas Gerais terá construido mais de dois mil km de novas estradas e recuperado mais de 7.500 km de rodovias por meio do Pro-MG. Agostinho Patrus disse, ainda, que o Projeto Linha Verde representa um modelo novo de gestão pública implantada pelo Governador Aécio Neves, pelo presidente Lula e pelo Prefeito Fernando Pimentel que se despem de suas vestimentas partidárias para juntos olharem o bem da Capital Mineira. “Essa obra é o coroamento da obra física de um Governo, mas principalmente da obra política construída por homens públicos que querem o bem comum”, ressaltou.De acordo com o diretor-geral do DER/MG, engenheiro José Élcio Santos Montese, foi criado uma unidade de apoio gerencial exclusivo para o programa Linha Verde, nos mesmos moldes que o DER já vem trabalhando em outros programas como o Pro-MG, ProAcesso, entre outros. Segundo ele, a unidade gerencial da Linha Verde fará o acompanhamento e fiscalização do Projeto. José Élcio explicou que o DER irá trabalhar em interface com a Prefeitura de Belo Horizonte, Cemig, Copasa, Gasmig, Embratel, Batalhão de Trânsito, Urbel, Companhia de Polícia Rodoviária, Sudecap, DNit, Copam , BHtrans, Codemig e Comam.O diretor-geral informou, também, que a Prefeitura de Belo Horizonte contratou uma empresa para execução de trabalhos para recuperação do fundo do canal do Arrudas.O engenheiro Carlos Alberto Czarnobai, da Mendes Junior Trading e Engenharia S/A, empresa que irá executar as obras do Bulevard Arrudas, apresentou o planejamento de obras. De acordo com o engenheiro, para a cobertura do Ribeirão, a Mendes Júnior elaborou um plano de execução e uma metodologia visando, num só tempo, melhorar a qualidade da obra e reduzir o prazo de execução e minimizar ao máximo sua interferência com o trânsito do centro de Belo Horizonte. A metodologia, segundo Czarnobai, vai aumentar significativamente a segurança dos funcionários da construtora e dos usuários das vias. Para dar apoio a execução das obras de cobertura do Arrudas será utilizado um canteiro de obras já existente, localizado na avenida Tereza Cristina, próximo à Via Expressa. Esse canteiro possui 40 mil metros quadrados de área e possui toda infra-estrutura montada com escritório, alojamento, cantina, ambulatório médico, laboratórios e oficina. Carlos Alberto Czarnobai informou que neste canteiro de obras será montada uma fábrica de vigas pré-moldadas que serão utilizadas na cobertura do canal do Arrudas. Essa fabrica estará pronta até o final de novembro.José Eduardo Mendes de Araújo, representante da empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A, empresa que irá executar as obras da Cristiano Machado, explicou o cronograma de obras. Segundo ele, foi elaborado um planejamento de obras que se divide em Serviços prelimeinares, terraplanagem, fiundações, arquitetura, instalações elétricas, drenagem, pavimentação, urbanização e sinalização.O representante do Consórcio Cowan/Barbosa Mello, empresa responsálvel pelas obras na MG-010, engenheiro Paulo Toller, detalhou o planejamento de obras. De acordo com ele, o trecho foi dividido em seis subtrechos: o primeiro subtrecho compreende o Acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves até o trevo de Lagoa Santa; o segundo subtrecho abrange todo o Complexo do Trevo de Lagoa Santa; o terceiro vai do final do trevo de Lagoa Santa até o viaduto de acesso a Vespasiano; o quarto subtrecho abrange o acesso a Vespasiano até o acesso à MG 424; o quinto sub-trecho vai do acesso a MG-424 até a bifurcação da pista hoje duplicada e o sexto trecho compreende a bifurcação da pista duplicada até o viaduto de Venda Nova. As obras na MG - 010 foram iniciadas em 21 de outubro.A representante da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel), Carla Marques, apresentou o plano de remoção de vilas e favelas, previsto para a obra da Linha Verde. Segundo ela, todo o processo de remoção e reassentamento vem sendo discutido exaustivamente com as comunidades envolvidas. Foram realizadas diversas reuniões com representantes das vilas Carioca, Maria Virgínia, São Paulo, São Miguel/Vietnã e Suzana, que são aglomerados que serão atingidos pela projeto. De acordo com a Urbel, 957 domicílios serão desapropriados. Deste total, 82% são imóveis residenciais e 8,19% comerciais.Encerrando a apresentação, o secretário-adjunto de Transportes e Obras e Presidente da Unidade Coordenadora da Linha Verde, Fernando Antônio Costa Jannotti, dise que a sinergia com a prefeitura de Belo Horizonte tem facilitado os trabalhos da Linha Verde. Na sua avaliação, o Projeto é bastante complexo, mas ele está confiante de que ele irá acontecer no prazo e na qualidade determinada no contrato e como é desejo do Governador Aécio Neves. “Concluiremos essa obra nos prazos determinados e com os menores custos para os usuários”, destacou.FONTE: Assessoria de Comunicação/SETOP (09/11/05)