Governo de Minas está desenvolvendo ações e projetos para ampliar a malha viária mineira e revitalizar ferrovias com o objetivo de eliminar os principais gargalos na malha ferroviária afastando assim um colapso logístico em função da falta de infra-estrutura de transportes que ameaça a economia do País. Este colapso logístico, na visão do engenheiro José Antônio Silva Coutinho, gestor do programa “Trens de Minas” da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) pode inviabilizar o escoamento da produção nacional, tanto pra o mercado externo quanto para o interno”; disse ele , ontem (04), em palestra na Sociedade Mineira de Engenheiros (SME).Presente no evento, o Secretário de Transportes e Obras Públicas, Agostinho Patrús, disse que O programa de desenvolvimento do transporte ferroviário de Minas Gerais, prevê obras para a transposição de Belo Horizonte, o que vai permitir a separação do transporte de carga com o metrô e desafogar o sistema ferroviário da Capital, que se encontra com forte “gargalo”. De acordo com o Secretário, a transposição do trecho de Belo Horizonte vai facilitar o escoamento da produção agro-industrial do Centro-Oeste mineiro para o porto de Vitória. Desenvolvimento AgropecuárioNa sua avaliação do engenheiro José Coutinho, a infra-estrutura de transportes existente no país não é adequada para atender ao crescente desenvolvimento do agronegócio. Ele entende que a cadeia produtiva só não se desenvolve mais na geração de emprego e riquezas em função do estrangulamento na área de infra-estrutura de transportes, que no Brasil chega a ser três vezes mais onerosa.Segundo o gestor do programa “Trens de Minas” da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), o Governo de Minas está desenvolvendo ações e projetos para ampliar a malha viária mineira. Entre estes projetos destaca-se a negociação de parcerias para revitalizar ferrovias e eliminar os principais gargalos na malha ferroviária, uma vez que esse modal representa um dos menores custos logísticos. “Tais ações se fazem necessárias, sobretudo, neste momento em que o agronegócio mineiro vem demonstrando seu dinamismo, tendo ampliado a produção de seus principais produtos”, afirmou.De acordo com dados apresentados pelo palestrante, e baseados em números da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o Governo Federal em parceria com a iniciativa privada deveria investir cerca de 11,3 bilhões de reais nos próximos quatro anos para diminuir os gargalos e pontos críticos existentes na malha ferroviária . A meta é de que, no final de 2008 as ferrovias passem a responder por 30% da movimentação de cargas no país. Hoje as ferrovias transportam 24% da produção brasileira e o modal rodoviário é responsável por cerca de 62%.José Coutinho explicou que o Programa Trens de Minas trabalha em duas vertentes. A primeira visa à melhoria das condições da malha ferroviária de Minas, de sua expansão e modernização, objetivando aumentar a capacidade de transporte e velocidade dos trens de carga. A segunda vertente trata da volta do transporte ferroviário de passageiros. O programa, segundo o engenheiro, é resultado de convênio firmado entre o Governo do Estado e a Rede Ferroviária Federal, com a participação da iniciativa privada. PROGRAMAO programa “Trens de Minas” vai reativar e melhorar alguns trechos ferroviários de interesse turístico entre eles: São João Del Rei / Tiradentes; São Lourenço / Passa Quatro; Ouro Preto / Mariana e Barão de Cocais / Santa Bárbara.O Governo de Minas, através de grupo de estudos proporá ao governo gestões junto às empresas concessionárias e o governo federal para implementação de um amplo programa de melhoria e modernização do setor ferroviário de carga, no qual inclui a construção do trecho Pirapora/Unaí, a Travessia de Belo Horizonte, um novo trecho ferroviário entre Sete Lagoas e Ibiá (Serra do Tigre), a revitalização do trecho Corinto /Pirapora, obras que darão ao Estado uma infra-estrutura de transportes, moderna e ágil capaz de promover, ainda mais, o desenvolvimento industrial e agrícola do Estado.Outro estudo que ficará a cargo do grupo de estudos é a revitalização de trens de passageiros em território mineiro, inicialmente com enfoque no potencial turístico e cultural do Estado.Fonte: Assessoria de Comunicação/SETOP (04/05/05)