Foto Bernadete Amado
O Governo de Minas deu ordem de início, nesta terça-feira (13/09), para duas intervenções que fazem parte do projeto de Requalificação Urbana e Ambiental do Ribeirão Arrudas, nos municípios de Belo Horizonte e Contagem.
Com investimentos de R$ 8 milhões, serão executadas a construção do parque linear, incluindo a recomposição vegetal, paisagismo, urbanismo e edificações das áreas de lazer no trecho do viaduto do barreiro até a avenida Castelo Branco e a execução de obras e serviços de engenharia de trânsito na implantação do sistema de sinalização horizontal, vertical e semafórica no mesmo trecho.
Para o Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Carlos Melles, a obra representa um grande ganho para a população de BH e Contagem. “Hoje o homem público é avaliado pela maneira como ele emprega cada centavo gasto. Isso representa a boa gestão dos recursos públicos. O Governo de Minas, ao investir em áreas vitais como educação, saúde e infraestrutura, demonstra a qualidade do trabalho que vem sendo realizado neste governo”, disse.
Famílias da área de risco da região são reassentadas
Cerca de 416 famílias que viviam em áreas de risco de inundação e desmoronamento às margens do Ribeirão Arrudas, entre Belo Horizonte e Contagem, já ocupam 26 blocos de unidades habitacionais construídos pelo programa de reassentamento e remoção da obra de Requalificação Urbana e Ambiental do Ribeirão Arrudas, executada pelo Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (Deop/MG). Ao todo, serão 42 blocos com 16 apartamentos de dois e três quartos, beneficiando 672 famílias.
Roseli Fonseca da Cunha, de 51 anos, é moradora de Contagem e uma das contempladas pelo programa. Há três meses em seu novo apartamento no bloco nº 39, ela conta como a mudança refletiu na sua qualidade de vida. “Em minha antiga casa já passei por duas enchentes, em uma delas, em dezembro de 2009, quase perdi uma neta. Neste apartamento que recebi do Governo, que é muito bom, posso ficar tranqüila, sei que não terei este problema”, disse. “Além disso, sofria preconceito por morar em uma vila, as pessoas tinham medo de entrar em minha casa, achavam que não era um local seguro”, contou Roseli.
Moradora do bloco 37 desde o início de junho, Maria Eunice Braga, de 48 anos, disse que demorou muito tempo para acreditar que a proposta de remoção e reassentamento fosse verdade. “Ficamos muito preocupados, achando que pudesse ser um golpe, ou que fossem nos oferecer uma coisa muito ruim. Morando aqui hoje, só de saber que não corro mais o risco de perder as minhas coisas com a chuva, considero uma benção”, disse.
Além das 26 unidades habitacionais que já estão com moradores, outros três blocos estão concluídos e prontos para serem entregues. Outros nove estão com as obras em andamento, além de outros quatro que se encontram em fase de licitação. Geraldo Coelho Amaral, de 55 anos, aguarda a entrega de seu apartamento e, enquanto isto, desfruta de um aluguel temporário, coberto pelo Governo de Minas. “Esse novo apartamento foi a melhor coisa que aconteceu. Quando eu vejo alguém reclamar, eu logo digo para a pessoa olhar para trás e lembrar onde morava antes, e para pensar se algum dia teria condições de comprar um apartamento como este”, contou.
Requalificação do Arrudas
A obra de Requalificação Urbana e Ambiental do Ribeirão Arrudas, iniciada em março/2008, consiste na canalização de parte do ribeirão e tratamento do fundo de vale do Arrudas, com saneamento, recuperação ambiental e melhoria na articulação do sistema viário, desafogando a avenida Tito Fulgêncio e melhorando o acesso ao vetor oeste. Também a construção de 672 apartamentos para reassentamento de famílias que ocupam área de risco; Remoção de outras 285 famílias para habitações já existentes e a extensão da avenida Tereza Cristina em 2,7 quilômetros.
Nesse empreendimento, executado pelo Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (Deop/MG), estão sendo investidos R$258 milhões com recursos do Governo Federal, do Governo do Estado de Minas Gerais e das prefeituras de Belo Horizonte e Contagem. Cerca de 300 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e 600 mil que moram no Vetor Oeste da RMBH serão beneficiadas indiretamente com a conclusão das obras.
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